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Parlamentares da Rede apresentam mandado de segurança contra pedido de informações de Fachin

Deputado Fausto Pinato apresentou requerimento à CCJ dirigido a Fachin, pedindo maiores explixações sobre a possível ajuda de Ricardo Saud, delator da JBS, na sua sabatina no Senado

Por Isabela Bonfim e Thiago Faria
Atualização:

BRASÍLIA - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) apresentaram, na tarde desta segunda-feira, 12, mandado de segurança, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra Requerimento de Informações assinado pelo deputado Fausto Pinato (PP-SP) sobre o ministro Edson Fachin. De acordo com a petição, o requerimento de informações subscrito por Pinato tem o objetivo de constranger o ministro Fachin, criar fatos políticos e obrigá-lo a se declarar suspeito no inquérito que investiga o presidente Michel Temer. Além disso, a petição alega ainda que os órgãos legislativos podem requerer informações apenas de ministros de Estado ligados ao Executivo, resguardando juízes no exercício de sua função. Segundo Randolfe "essa movimentação é claramente uma retaliação coordenada pelo presidente Temer, que, para desviar o foco do lamaçal em que foi flagrado, busca desqualificar o juiz da causa, tendo em vista o perfil rigoroso com que Fachin notoriamente tem conduzido a chamada Operação Lava-Jato". O deputado Fausto Pinato apresentou requerimento à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dirigido a Fachin, como testa de ferro da base governista, sob o pretexto de permitir ao Ministro que explique se o executivo Ricardo Saud, delator da JBS, o auxiliou na sua sabatina no Senado, quando fora indicado ao STF, pela então Presidenta Dilma Rousseff. O requerimento, entretanto, seria uma medida de ataque coordenado da base do governo contra Fachin e Janot. Pinato foi apoiado por diversos deputados e líderes da base de Temer, com o sinal verde do próprio Presidente da República, dentre os quais Darcísio Perondi (PMDB-RS), Carlos Marun (PMDB-MS), Alexandre Baldy (PODE-GO), Soraya Santos (PMDB-RJ) e Marcelo Aro (PHS-MG).