BRASÍLIA – O novo secretário executivo do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, é paraquedista, assim como o presidente Jair Bolsonaro e grande parte dos militares que atuam no primeiro escalão do governo. Durante dois anos, Pazuello comandou a Operação Acolhida, em Roraima, pela qual recebeu prêmio de direitos humanos junto com agências da Organização das Nações Unidas e o Exército, pela resposta humanitária dada ao atendimento aos venezuelanos. Também exerceu vários comandos na área de logística, o que foi decisivo para a sua escolha para o novo posto.
“Quando eu falo em relação a trazer o general, é que eu acredito que ele possa, de verdade, ajudar que a gente consiga criar um programa de ajuste e crescimento compatível com a necessidade que a gente tem hoje”, disse nesta quarta-feira o ministro da Saúde, Nelson Teich, referindo-se à adaptação da infraestrutura médica e hospitalar do País para lidar com o avanço da doença.
Embora tenha nascido no Rio de Janeiro, o novo número 2 da Saúde tem uma forte ligação com Manaus, onde estava servindo desde janeiro, como comandante da 12ª Região Militar. O sistema público da capital do Amazonas já entrou em colapso com o avanço da pandemia do novo coronavírus.
Como estava em Manaus, o general acompanhou de perto a deterioração do sistema público de saúde estadual e ajudará agora na busca de soluções para os problemas que atingem a região amazônica. Uma de suas novas missões é controlar toda a logística de saúde do País e organizar a operação de distribuição de equipamentos.
Em 2016, Pazuello foi o coordenador logístico das tropas do Exército empregadas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro. Na época, trabalhou sob o comando do atual ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Também é próximo do general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo.
Além de ter feito cursos de operações na selva, de paraquedismo e forças especiais, comandou o 20° Batalhão Logístico Paraquedista e foi diretor do Depósito Central de Munição, ambos no Rio de Janeiro, assessor de Planejamento, Programação e Controle Orçamentário do Comando Logístico, e comandante da Base de Apoio Logístico do Exército.
O novo secretário executivo da Saúde entrou no Exército em 1984, ainda está na ativa e, com a nomeação, ficará afastado da Força por até dois anos, para assumir um cargo de natureza civil. A passagem para a reserva está prevista para março de 2022.