Paraguai testa urna eletrônica brasileira

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Por Agencia Estado
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As urnas eletrônicas brasileiras passarão por um teste internacional. Elas serão utilizadas domingo por eleitores de sete cidades do Paraguai na escolha de prefeitos e vereadores. Se aprovado, o sistema de informatização será utilizado em todo o Paraguai nas próximas eleições. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Nelson Jobim, e o secretário de informática, Paulo Camarão, foram acompanhar de perto o desempenho das urnas brasileiras. A modificação feita para adaptá-las a outra realidade política foi pequena: os números do teclado foram trocados por cores, que é a forma de identificação dos partidos políticos. O Paraguai foi o primeiro país autorizado pelo TSE a utilizar seu programa de votação eletrônica. O convênio foi assinado em setembro pelo ministro Jobim e o representante da Organização dos Estados Americanos (OEA), que bancou os gastos com a instalação do sistema. O uso do sistema é gratuito, mas exige o deslocamento de técnicos e o treinamento de pessoas para operá-lo. Outros seis países - Estados Unidos, México, Venezuela, Peru, Argentina e Bolívia - se interessaram em conhecer a novidade adotada no Brasil nas eleições de 1994. Mas não chegaram a assinar convênios para utilizá-la. Camarão afirma que as autoridades paraguaias gostaram sobretudo da segurança, facilidade da votação e a rapidez na apuração dos votos. "Tenho certeza de que a segurança das eleições brasileiras se repetirá no Paraguai", defende. Não é isso o que pensa boa parte dos parlamentares brasileiros. Eles aprovaram no Senado e, na próxima semana será votado na Câmara, o projeto de lei que determina a impressão do voto informatizado. O argumento dos defensores da medida é de que a recontagem do voto impresso solucionará eventuais dúvidas sobre a correção da apuração. A medida será adotada gradativamente. Nas eleições do ano que vem, os 114 milhões de eleitores vão votar nas 353 mil urnas usadas nas eleições municipais do ano passado e em 51 mil urnas encomendadas este ano pelo TSE.

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