Para Wilma, prisão do filho foi ''ato de violência''

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Por Everton Dantas
Atualização:

O filho da governadora do Rio Grande do Norte, o advogado Lauro Maia, permanece preso, acusado de participar de esquema que fraudava licitações na área da saúde no governo do Estado. Seu advogado, Erick Pereira, entrou com novo pedido de habeas-corpus, mas ele foi recusado. Lauro, que prestou depoimento à Polícia Federal no domingo, está preso desde sexta-feira, quando foi deflagrada a Operação Hígia, que desmontou a quadrilha. Ontem, a governadora Wilma de Faria (PSB) falou pela primeira vez sobre o caso. "A primeira coisa que eu determinei foi que todos os meus secretários de Saúde, desde a época da investigação, tanto Ruy Pereira quanto Adelmaro Cavalcanti (atual), façam entrevista coletiva para a imprensa explicando tudo o que aconteceu com relação a esses contratos de limpeza. Eles vão naturalmente falar a respeito das licitações, dos preços e de tudo mais que for necessário esclarecer", anunciou. Quanto à prisão de seu filho, a governadora classificou o ato como "de muita violência". E justificou: "Eu achei que houve um ato de muita violência porque meu filho tem endereço certo. As pessoas que estão ali têm endereço certo e poderiam ter sido chamadas a depor sem nenhum problema. E eu espero, como mãe e cidadã, a sua inocência." A prisão de Lauro não veio em bom momento. Wilma enfrenta crise em seu partido desde que o deputado federal Rogério Marinho se recusou a aceitar a aliança com PMDB e PT, visando às eleições municipais deste ano. Dos 13 presos na sexta-feira pela Operação Hígia, 4 foram liberados após prestar depoimento. O governo estadual nega as suspeitas.

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