
16 de dezembro de 2015 | 20h49
Vice-presidente nacional do PSDB, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman considera positivo o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo de deputado federal. "Será benéfico para o País, ele (Cunha) sem dúvidas perdeu condições minimamente de ter qualquer credibilidade", disse Goldman ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. "Dois afastamentos são benéficos para o País, o do Cunha primeiro e o da Dilma depois", completou.
Goldman rechaçou o argumento de Cunha de que está sendo perseguido pelo Planalto. "O fato concreto é que ele está sendo perseguido é pelo passado dele", ironizou.
O dirigente tucano afirmou que já há tempos tem certeza que Cunha cairá e que Dilma também. "Não tenho mais dúvida do desfecho nos dois casos. A questão do impeachment é inexorável, assim como Cunha. Há algumas semanas disse que Cunha é 'carne morta' e no caso da Dilma é semelhante, é questão de tempo", afirmou.
Sobre a mobilização pró-impeachment no último domingo,13, Goldman disse que "passeata é coisa do passado" e que a economia "passará o atestado de óbito" do governo Dilma. "Rua não é só asfalto, é povo e o sentimento do povo a gente sabe qual é."
Constrangimento. Goldman admitiu que o PSDB sofre um constrangimento por ter se aliado com Cunha meses atrás, em estratégias para ver aprovado o pedido de impeachment contra Dilma. "Alguns líderes nossos pecaram, mas já se redimiram", afirmou.
Segundo o tucano, talvez alguns membros do partido "não tivessem clareza" das suspeitas que recaem sobre o peemedebista. "Foi inconveniente esse tipo de associação que fizemos, mas aqueles que fizeram já reconheceram que foi um desvio", concluiu
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