Para Temer, reforma política é vitória do Congresso

Presidente em exercício lembrou que, pela primeira vez, se conseguiu levar a discussão adiante no Legislativo

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

Brasília - O presidente da República em exercício, Michel Temer, disse nesta quinta-feira, 11, que a reforma política é uma "vitória" do Congresso Nacional, que, na sua opinião, está agindo "adequadamente" na discussão sobre o tema. 

"O Congresso está agindo adequadamente. E (a reforma) foi muito positiva pelo fato de pela primeira vez, depois de muito tempo, ter chegado ao plenário da Câmara. Já foi uma vitória do próprio Congresso Nacional. Acho que há muito tempo se ansiava que se levasse a plenário e pela primeira vez se conseguiu levá-la. Portanto haverá uma definição do órgão próprio que é o Congresso Nacional", disse Temer a jornalistas. 

O presidente da República em exercício Michel Temer com o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ministro da defesa Jaques Wagner na cerimonia de entrega de medalhas da Ordem do Mérito Naval Foto: Andre Dusek/Estadão

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A mudança no tempo de mandato dos políticos para cinco anos foi aprovada nesta quarta-feira pela Câmara dos Deputados, em primeiro turno - a implantação das mudanças começa em 2020, mas só será consolidada em 2027. A Câmara também rejeitou a proposta de tornar o voto facultativo, e não mais obrigatório- 311 deputados votaram contra a mudança. 

Mérito. Questionado sobre a manutenção do voto obrigatório, Temer disse que "conceitualmente" se posiciona a favor do voto facultativo.

"O que quero registrar é que houve esta vitória do Congresso. O voto obrigatório, até vou dar uma palavra, eu confesso que conceitualmente sou a favor do voto facultativo. Cada um deve fazer do exercício da cidadania aquilo que acha que deva fazer", comentou Temer.

"No presente momento, a preocupação é que a inexistência do voto obrigatório torne pouco representativo aquele que chegar ao poder. Então acho que, por enquanto, talvez o voto obrigatório seja mais importante", concluiu.

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