O comando nacional da greve dos funcionários públicos do Executivo saiu hoje em defesa do Judiciário em relação à reforma previdenciária. "Os juízes não estão defendendo privilégios; eles também tem preocupação com o formato do Estado brasileiro", disse o sindicalista José Domingues Godói, do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). "Dizer que há privilégios, quais privilégios?" Os magistrados querem garantir aposentadorias no Judiciário Estadual de até 90% do salário de R$ 17.170 concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O comando de greve fez a defesa dos juízes durante coletiva marcada para criticar a reforma da Previdência, que não atenderia, segundo os sindicalistas, os "cortadores de cana", por exemplo. Também foi anunciado que 58% dos servidores aderiram à paralisação. "O jogo está começando", disse Godói, repetindo declaração do presidente do STF, Maurício Corrêa, que na véspera pediu mudanças no projeto de reforma.