Para Serra, campanha será mais dura que a de 2010

PUBLICIDADE

Por Wilson Tosta
Atualização:

O candidato do PSDB ao Senado por São Paulo, José Serra, afirmou nesta quarta-feira, 23, esperar para este ano uma campanha presidencial mais dura do que a de 2010 com relação a trocas de denúncias entre os postulantes ao Palácio do Planalto. "(Os petistas) Não vão querer perder o poder suavemente", disse, após almoço fechado com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da capital fluminense. " O PT é especialista nisso (em denúncias eleitorais)."

"(Os petistas) Não vão querer perder o poder suavemente", declarou candidato Foto: FABIO MOTTA/Estadão

PUBLICIDADE

Serra fez os comentários ao falar de reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" que revelou a construção de um aeroporto em Cláudio (MG), na fazenda de um parente do presidenciável pelo PSDB, Aécio Neves. A obra foi feita quando Aécio era governador de Minas Gerais, e virou alvo do PT. Para o tucano paulista, a questão está explicada. "Está totalmente esclarecido", declarou. "Está tudo explicadinho. Houve uma desapropriação da área, que até foi contestada na Justiça. Não há nada que torne o fato mais insuspeito."

O postulante ao Senado por São Paulo reconheceu, porém, que campanhas eleitorais sempre serão marcadas por denúncias entre adversários. "Sempre vai haver troca de tiros", afirmou. "Da parte do PT, não tenho dúvida (de que haverá ataques). A gente não sabe fazer. O PSDB não tem know how para isso. Eu mesmo não tive." Para Serra, a peculiaridade da disputa de 2014 torna maior a possibilidade de ataques. "Porque o risco (do PT) de perder é maior", disse.

Segundo Serra, as pesquisas mais recentes mostram que a tendência na corrida eleitoral é de estreitamento das diferenças. "Realmente, isso parece, até agora, isso tem sido inexorável. Nesse sentido, tenho otimismo quanto ao resultado da eleição", declarou. Ele afirmou que o principal ponto contra a presidente e candidata a reeleição pelo PT "é a inépcia de ponta a ponta".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.