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Para ruralista, governo Lula é amigo dos criminosos do MST

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Por Agencia Estado
Atualização:

Representantes de cinco entidades ruralistas com atuação em mais de dez Estados, reunidos nesta terça-feira em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, elegeram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o principal inimigo. No manifesto "O campo exige Ordem para o Progresso", lançado pela União Democrática Ruralista (UDR), o governo é acusado de financiar as invasões de terras produtivas, liberando verbas para "falsas cooperativas" do MST. "É difícil ter um governo que não respeita a propriedade, se diz amigo dos criminosos do MST e considera o produtor rural como escravocrata", afirmou o presidente da UDR, Luiz Antonio Nabhan Garcia. Discursando para cerca de 800 fazendeiros, Nabhan disse que nunca o direito de propriedade foi tão desrespeitado. "O que esperar de um presidente que quer saber de um ditador como ficar 37 anos no poder e propõe a criação de um clube de amigos de Fidel Castro?" O manifesto coincidiu com o 10º. Grito dos Excluídos, realizado pela Igreja Católica e por movimentos sociais em todo o País. Segundo Nabhan, o evento foi programado no Dia da Independência porque, apesar de estar "carregando a economia nas costas", o produtor rural é discriminado pelo governo. "Enquanto os sem-terra recebem dinheiro a rodo, nada foi investido em logística para escoar a produção. Produzir como estamos produzindo nesse País é heroísmo." Para Nabhan, o bom momento vivido pelo agronegócio não é fruto do esforço do governo. "É resultado da competência e persistência do produtor e, se o governo não atrapalhasse tanto, produziríamos ainda mais." Ele alertou que, se não houver uma mudança de postura do governo sobre a questão agrária, os efeitos serão sentidos nos próximos anos. "As áreas de conflito estão aumentando e nesses locais o investimento pára."

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