Para PT-RJ, 'parceria' de Lula e Cabral não será abalada

PUBLICIDADE

Por Felipe Werneck
Atualização:

Com críticas ao PMDB, acusado de ser uma "federação de caciques", o presidente do PT fluminense, Alberto Cantalice, afirmou hoje que a "parceria" do governador do Rio de Janeiro, o peemedebista Sérgio Cabral Filho, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "está acima da disputa" entre os dois partidos. As conseqüências do fim da aliança eleitoral de 2008 foram discutidas hoje pelo comando petista local, que antecipou uma reunião inicialmente marcada para amanhã. Cantalice reconheceu que seria ingenuidade acreditar que Cabral Filho não participou da decisão de retirar o apoio ao pré-candidato petista a prefeito, Alessandro Molon. Mas indicou ser contra a proposta, levantada por setores do partido, de entregar os cargos que ocupam na administração estadual. "Vamos esperar o governador voltar (do exterior) para conversar. Não estamos atrelados a cargos", afirmou Cantalice, que afirmou que a proposta de deixar o governo não foi discutida hoje. Ele admitiu que "há uma especulação" sobre a hipótese de Cabral Filho ter avalizado o rompimento. Reportagem publicada hoje pelo Estado mostrou que, da Grécia, o governador avalizou, por telefone, o abandono de Molon e a retomada da candidatura de Eduardo Paes, em conversa com o presidente da Assembléia Legislativa fluminense, Jorge Picciani. "Não seríamos ingênuos a ponto de achar que ele (Cabral Filho) não sabe. Mas queremos ouvir dele." A direção regional petista avalia que houve falta de unidade no PMDB em torno da coligação com o PT, o que teria causado o rompimento. "Eles não teriam conseguido maioria para firmar a aliança, e isso pegou muito mal", declarou. Agora, eventuais candidatos petistas estão liberados para escolher seus aliados, em outros municípios. "Antes, havia uma prioridade com o PMDB. Agora não tem mais isso, fica a critério do que for melhor."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.