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Para presidente em 2006, Lula 28,5%, FHC 16,6%

47,6% dos entrevistados disseram que não votariam hoje no presidente Lula. É a maior rejeição individual do presidente desde que ele foi eleito Leia também: Avaliação positiva do governo cai de 34,6% para 29,4%

Por Agencia Estado
Atualização:

Se as eleições presidenciais de 2006 fossem realizadas hoje, 28,5% dos entrevistados votariam em Luiz Inácio Lula da Silva e 16,6% votariam em Fernando Henrique Cardoso. É o que diz a pesquisa da CNT-Sensus feita entre os dias 15 e 17 deste mês - a primeira pesquisa em que Lula e FHC aparecem numa lista de candidatos para as próximas eleições presidenciais. Ciro Gomes e Anthony Garotinho, que disputaram a eleição passada, continuam com potencial de votos. O ministro de Integração Nacional de Lula, Ciro Gomes, obteve 14,8% dos votos e o secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garontinho, teria 14,2%. O nome do presidente do PFL, Jorge Borhausen, incluído na lista, teve 1,3%. Se o candidato do PSDB fosse Geraldo Alckmin e não FHC, a vantagem de Lula seria maior. Ele teria 29,9% de apoio; Ciro Gomes, 17,2%; Garotinho 13,9%; Alckmin, 10,5%; e o senador Marco Maciel (PFL-PE), que substituiu Borhausen, na pesquisa, teria 4,7% dos votos. Lula tem sua maior rejeição desde a eleição Na pesquisa CNT-Sensus, 47,6% dos 2 mil entrevistados disseram que não votariam no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se as eleições presidenciais fossem hoje, enquanto 16% disseram que votariam. Esta foi a maior rejeição individual do presidente desde que foi eleito. Em outubro de 2002, quando se realizou o segundo turno das eleições presidenciais, 51% dos entrevistados na pesquisa CNT-Sensus o apontaram como seu candidato, enquanto 28,5% disseram que não votariam nele. O presidente da CNT, Clésio Andrade, disse que o número de junho deste ano é crítico e poderia levar Lula até a ficar fora do páreo, pois um índice de rejeição superior a 35% já seria o limite para um candidato ter chances de se eleger. Ainda na pequisa CNT-Sensus divulgada hoje, 58,9% dos entrevistados disseram achar que o governo está fazendo menos do que poderia fazer, enquanto 16,4% opinaram que está fazendo mais do que poderia. Desemprego O desemprego continua sendo o principal problema do País, na opinião de 66,9% dos entrevistados na pesquisa CNT-Sensus, realizada no período de 15 a 17 de junho. O segundo maior problema está relacionado com a renda do trabalhador, na opinião de 10,4% dos entrevistados, seguido da saúde (8,2%) e da educação (6,6%). Na avaliação do presidente da CNT, Clésio Andrade, isso mostra que as pessoas têm consciência de que o emprego foi uma promessa de campanha do presidente Lula, o que contribuiu para a queda de sua popularidade, registrada na pesquisa. O índice de satisfação com o País, de acordo com a pesquisa, caiu de 61,50%, em maio, para 59% em junho, assim como os índices de melhoria com a saúde, educação e a pobreza, nos últimos seis meses. A compra do avião presidencial foi desaprovada por 65,8% dos entrevistados, enquanto 25% aprovaram. Em relação à "Operação Vampiro", que investiga fraudes na compra de medicamentos, no Ministério da Saúde, 21,4% afirmaram que têm acompanhado, 30,6% ouviram falar e 45,6% não ouviram falar.

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