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Para ministro, ritmo do crescimento é de 6%

Por Beatriz Abreu e Ribamar Oliveira
Atualização:

A economia cresce a um ritmo de 6% ao ano, informou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele disse que o dado se baseia em indicadores positivos do desempenho dos mais diversos setores econômicos, entre eles o índice de crescimento da produção industrial, que foi de 7,9% no último trimestre do ano passado, e o da produção de bens de capital (máquinas e equipamentos), que atingiu 24%. "Nada indica que isso tenha desaquecido", comentou. Ontem, o ministro recebeu uma informação que confirma que a atividade econômica mantém trajetória ascendente em um dos setores mais intensivos na contratação de mão-de-obra e motor do desenvolvimento: a construção civil cresceu 27% em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Ao longo de 2007 o setor teve expansão de 15%. As encomendas ao setor de embalagens e papelão aumentaram 10% no mês passado. "O setor de embalagens é importante indicador", disse Mantega ao Estado. Ele não confirmou as previsões de consultores do mercado de que a economia cresceu mais de 5,2% no ano passado - a divulgação do índice oficial, pelo IBGE, será em 13 de março. Há uma aposta no governo de que a economia pode ter crescido 5,8% em 2007. A necessidade de criar as condições para manter o dinamismo do crescimento e tornar o Brasil cada vez mais competitivo é a razão, segundo Mantega, que levou o governo a propor a reforma tributária. "Temos as regras tributárias mais complicadas em relação aos concorrentes. Isso tira competitividade das empresas." O ministro disse que o País avançou em pelo menos duas frentes para melhorar suas condições de competitividade: a financeira, com a regularização das contas e o fim da vulnerabilidade externa, e a de infra-estrutura, em que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) garantirão condições para um crescimento sustentado. "Falta resolver a questão tributária", disse.

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