Para ministro, Alckmin faz mais campanha do que Lula

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Por Agencia Estado
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O ministro da Saúde, Humberto Costa, rebateu segunda-feira as críticas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na inauguração de obra em São Paulo, na qual ele pediu votos para a prefeita e candidata à reeleição pelo PT, Marta Suplicy. "Engraçado que os governadores têm participado de forma direta do processo (eleitoral) e Alckmin é exemplo disso", afirmou. "Às vezes a gente liga a televisão em São Paulo e não sabe se o candidato é Serra ou Alckmin, de tanto que ele aparece pedindo voto para o seu candidato". Costa afirmou que o governador paulista tem feito campanha aberta, indo à rua, além de usar o rádio e a televisão. "O presidente Lula não saiu para fazer campanha aberta para ninguém", disse. "As pessoas precisam ter coerência". O presidente Lula fez campanha para a candidata Marta Suplicy, durante inauguração de obra na zona leste e depois pediu desculpas, já que a legislação eleitoral proíbe campanha em cerimônias oficiais. O caso está sendo investigado pela 1ª Zona Eleitoral. O ministro considerou "sem procedência" e "pura especulação" as notícias de uma aliança com o PP de Paulo Maluf em São Paulo Para ele, os petistas são "adversários históricos do malufismo". Na campanha do Recife, em que o prefeito candidato à reeleição, João Paulo (PT), admite ter condições de vitória no primeiro turno, Humberto Costa desconsiderou os ataques da aliança adversária, que apóia o segundo favorito na preferência do eleitorado, Carlos Eduardo Cadoca (PMDB), buscando ligar a Prefeitura do Recife com a "Operação Vampiro" desencadeada pela Polícia Federal no Ministério da Saúde. "O que se vê é que quem perde é o candidato que usa esse nível de agressividade", afirmou. "A população não vai se abalar". Humberto Costa anunciou, na semana passada, que iria tirar férias para participar da campanha de João Paulo, mas foi proibido pelo presidente Lula.

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