Para Marta, campanha da oposição é 'enrolação social'

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Por Anne Warth
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A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pela coligação PT-PCdoB-PSB-PDT-PRB-PTN, Marta Suplicy, disse hoje que a capital paulista será palco de uma disputa entre dois projetos muito distintos. "De um lado, temos as forças populares, as forças de esquerda, unidas em torno de um projeto de inclusão social para a maior cidade do Brasil. Do outro lado, temos ''demos'' e tucanos, com o projeto da enrolação social", afirmou ela, durante anúncio oficial da coligação "Uma nova atitude para São Paulo", na capital paulista. Ao lado do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), vice-prefeito na chapa, Marta disse que o projeto da coligação trará de volta a capacidade de pensar e planejar a cidade. "Convivemos hoje com a falta de planejamento no Estado de São Paulo, com o caos no transporte público e no trânsito da cidade. Não à toa, temos apenas 62 quilômetros de metrô, sendo que nos últimos seis anos, em média, a malha aumentou apenas 2,5 quilômetros por ano. É muito pouco com muito dinheiro", disse. Apesar da confiança, Marta Suplicy admitiu que "nenhuma eleição é fácil". "O caminho é árduo e difícil, mas somos militantes, e os militantes vão atrás do voto." Ela afirmou que os quatro anos em que ocupou a Prefeitura de São Paulo e os quase seis anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprovam competência da candidatura. Rebelo explicou que embora a aliança tenha demorado para sair, todos os obstáculos foram contornados e os principais pontos do programa de governo elaborado pelo bloco de esquerda foram aceitos pelo PT. Sob investigação Acusado de envolvimento em um esquema de desvio de empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, recebeu apoio e abraços de Marta e Rebelo. "Paulinho abdicou de seus sigilos telefônico, bancário e fiscal e está sendo investigado pela Conselho de Ética da Câmara e pelo Supremo Tribunal Federal (STF)", defendeu Rebelo. "Ninguém pode ser julgado antes da hora e não vejo nenhum problema na presença dele", disse Marta. Também estiveram presentes no anúncio oficial da coligação o deputado José Genoino, o senador Aloísio Mercadante, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, o ministro dos Esportes Orlando Silva, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, além de deputados e membros dos demais partidos da coligação.

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