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Para Marina, tráfico de influência na Casa Civil é caso para Justiça

'Sempre defendi que essas denúncias fossem investigadas pelo Ministério Público, o que já está acontecendo', afirmou

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Por Redação
Atualização:

VITÓRIA - A candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva afirmou nesta sexta-feira, 17, em Vitória, no Espírito Santo, que as denúncias de tráfico de influência na Casa Civil devem ser investigadas pelo Ministério Público e que esse é um caso para ser decidido na Justiça. A afirmação foi feita pela manhã em um evento para cerca de 200 militantes verdes.

 

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"Já disse tudo o que havia para ser dito sobre o assunto, mas sempre defendi que essas denúncias fossem investigadas pelo Ministério Público, o que já está acontecendo. O caso deve ser decidido pela Justiça.", disse.

 

Também comentou, de forma evasiva, a possibilidade da candidata petista, Dilma Roussef, ser convocada para depor sobre o caso. "Isso é uma decisão da Justiça e a Justiça tem seus próprios caminhos", afirmou Marina.

 

Royalties

 

Na capital capixaba, a candidata verde também afirmou que, se for eleita, vai rediscutir a emenda Ibsen-Simão, que trata da partilha dos royalties do petróleo. "A discussão sobre a partilha dos royalties do petróleo está contaminada pela eleição e pretendo rediscutir este assunto depois das eleições. Os estados produtores não podem ser prejudicados, mas como a exploração não será na plataforma continental, os demais estados também devem ter acesso aos recursos do petróleo", observou a candidata.

 

Marina Silva ainda disse que vai ampliar o investimento em educação de 5% para 7% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale R$ 245 bilhões, e que vai promover uma reforma na segurança pública ao rever a forma de atuação das polícias Militar e Civil, fazendo com que ambas atuem no ciclo completo de polícia, ou seja, prevenindo, reprimindo e investigado crimes.

 

Durante o evento, Marina ainda cometeu uma gafe: ao pedir votos para os candidatos do PV, ela pediu que os eleitores "digitassem o número 45 na urna eletrônica", no dia da eleição. Porém, ao perceber que havia pedido votos para a legenda do candidato tucano José Serra (PSDB), ela se desculpou. "Foi um grave erro, mas não passa de um grave erro de colocação", desculpou-se Marina após o encontro com os militantes.

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No final da manhã, antes de seguir para Vitória da Conquista (BA) - onde participa de reuniões com lideranças regionais, religiosas e estudantis - a candidata verde visitou a Associação das Paneleiras de Goiabeiras, uma cooperativa de mulheres que fabricam artesanalmente panelas barro usadas para preparação do prato símbolo da culinária local: a moqueca capixaba. Marina ainda terá agenda no final da tarde em Salvador (BA), onde pernoitará, e na manhã de sábado seguirá para o Rio de Janeiro (RJ).

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