Para Lula, depoimento de Dilma é motivo de orgulho do governo

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Por Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou o desempenho da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no depoimento no Senado motivo de orgulho para o governo e para o povo brasileiro. "Quero lhe parabenizar Dilma... você foi motivo de orgulho para quem, junto com você, participa do governo, e para o povo brasileiro", disse Lula, sob aplausos, no lançamento do Plano Amazônia Sustentável, no Palácio do Planalto. Lula fez questão de destacar também o comportamento democrático do Senado que ouviu a ministra por mais de oito horas na quarta-feira na Comissão de Infra-Estrutura. "O que é a democracia senão esse exercício constante de debates e discussões. Fiquei bem impressionado com o grau democrático que o Senado teve. Se todos forem tratados assim, que tenham mais debates que será bom para a sociedade", disse Lula. Indagado se a pergunta do líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), sobre a ministra ter mentido sob tortura durante a ditadura militar, se encaixava na postura que acabara de elogiar, Lula respondeu: "O Agripino fez o que não deveria fazer. Mas de qualquer forma, um homem com a experiência dele achou que certamente iria abafar, iria colocar a Dilma em uma situação delicada. No fundo, acho que ele é que ficou numa situação delicada." A avaliação do desempenho de Dilma no Senado foi unânime no governo. Todos consideraram que a ministra se saiu muito bem e venceu o confronto com a oposição, interessada em questioná-la sobre o suposto dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Fiquei encantado com a performance dela. Além de dar notícias sobre o PAC, respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas e respondeu bem. Estamos todos ufanos com a performance dela", disse o vice-presidente José Alencar, em cerimônia militar no Rio de Janeiro. Alencar acrescentou que é interesse do governo saber quem vazou os dados sobre gastos do governo anterior. "Isso não poderia ter acontecido de forma alguma", comentou. A avaliação dos governistas é de que o depoimento de Dilma sepultou a questão dos cartões corporativos no Congresso. "Se não houver fato novo, essa CPI (mista sobre os cartões) está caminhando para o fim. O Senado não pode ficar atrás de dossiê", disse o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN). O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi mais econômico nos comentários, e afirmou que a oposição se perdeu falando de coisas menores como tapioca. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), voltou a dizer que não ficou satisfeito com as respostas da ministra e insistiu na idéia de convocá-la para novo depoimento. "O governo está tão eufórico... não vejo porque não vão nos apoiar para que a ministra deponha quarta-feira que vem na Comissão de Constituição e Justiça sobre a fraude, o crime do dossiê", disse Virgílio.

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