Para líder, declaração de Mantega não ajuda Congresso

PUBLICIDADE

Por Fabio Graner
Atualização:

O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), afirmou hoje que declarações como a do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o compromisso do governo era o de não aumentar impostos apenas em 2007 não contribuem para o bom andamento das relações no Congresso e "não desceram junto à sociedade". Mantega fez a afirmação para justificar a elevação da carga tributária, anunciada poucos dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter afirmado que, entre as medidas destinadas a compensar a perda da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), não havia aumento de tributos. Casagrande criticou a relação da administração federal com o Legislativo, dizendo que houve falta de planejamento do Poder Executivo na execução do Orçamento e na atenção aos parlamentares aliados, o que resulta, de acordo com ele, em momentos de maior necessidade do governo no predomínio da barganha política para que faça valer os interesses no Parlamento. Na avaliação de Casagrande, o anúncio de acréscimo de impostos feito pelo governo no primeiro dia útil de 2008 "azedou" a relação da Presidência da República com o Congresso. O líder do PSB no Senado disse que Lula se esforçará ao máximo para evitar cortes no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pois quer que o projeto seja a marca da segunda gestão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.