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Para Kassab, denúncias contra Arruda são 'consistentes'

Prefeito classifica a situação no Distrito Federal como 'gravíssima' e pede que punições sejam 'exemplares'

Por Ana Luísa Westphalen
Atualização:

Uma das principais lideranças do Democratas, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, voltou a afirmar nesta terça-feira, 1º, que as denúncias contra o governador do Distrito federal, José Roberto Arruda (DEM), envolvido num esquema de arrecadação de propinas em sua administração, são "gravíssimas e consistentes". Depois de participar de cerimônia de assinatura de programa de combate à pirataria, em parceria com o Ministério da Justiça, em seu gabinete, o prefeito da capital paulista disse esperar que "as punições sejam exemplares", casos os órgãos responsáveis pela investigação do escândalo confirmem as denúncias.

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No entanto, o prefeito não comentou se é contra ou a favor da desfiliação imediata de Arruda do partido, único governador da legenda em todo o País. Ao ser questionado sobre o risco que o escândalo poderá trazer para o tradicional apoio que o DEM oferece ao PSDB, Kassab disse não acreditar que a aliança será afetada. O prefeito é um dos principais aliados do governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência da República.

 

Deflagrada na sexta-feira, 27, a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), investiga repasse de dinheiro de empresas contratadas pelo governo do Distrito Federal a políticos da base aliada de Arruda. Com o partido dividido sobre o destino do governador, a Executiva Nacional do DEM reúne-se nesta terça para decidir se pede o afastamento imediato de Arruda ou se a legenda abrirá um pedido de expulsão e dará um prazo para a sua defesa antes que seja tomada a decisão final. A reunião da Executiva do DEM ocorre às 16 horas.

 

Radicalização

 

Num encontro com os dirigentes nacionais do DEM a segunda-feira, 30, Arruda ameaçou retaliar caso o partido optasse por sua desfiliação sumária. "Se vocês radicalizarem comigo, eu radicalizo", avisou.No fim de semana, ele já havia prevenido interlocutores do partido de que não se calaria caso fosse expurgado. Nessas conversas, disse claramente que revelaria os recursos que saíram do Distrito Federal para várias campanhas municipais do DEM, incluindo a da Prefeitura de São Paulo, administrada por Kassab.

 

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