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Para Jucá, decisão do presidente da Câmara de anular votação do impeachment é 'esdrúxula'

Presidente em exercício do PMDB esteve mais cedo com Renan Calheiros e destacou que o rito do impedimento tem sido 'completamente constitucional, legal e equilibrado politicamente'

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Por Ricardo Brito
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), classificounesta segunda-feira, 9, de "esdrúxula" a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação dos deputados que aprovaram em plenário, no último dia 17 de abril, a admissão do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O presidente do PMDB, Romero Jucá Foto: Paulo Whitaker

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Romero Jucá, que esteve mais cedo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destacou que o rito do impedimento tem sido "completamente constitucional, legal e equilibrado politicamente". "É uma decisão esdrúxula (a do Waldir Maranhão). Não é uma patetada de alguém que vamos ter que mudar o rito", criticou.

Em tom de ironia, o senador afirmou que a "grande dúvida" é saber se existe "um ou três patetas" envolvidos na decisão de mais cedo. Embora não tenha nominado, ele estaria se referindo indiretamente ao próprio Maranhão, ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pelo recurso, e ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), que admitiu ter costurado o teor da decisão com o presidente interino da Câmara.

"O ato da Câmara foi juridicamente perfeito e foi acompanhado em todos os momentos pelo Supremo Tribunal Federal", reforçou Jucá, cotado para assumir o Ministério do Planejamento em um eventual governo Michel Temer.