Para Jobim, conselho de defesa pode funcionar sem Colômbia

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Por Redação
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta sexta-feira esperar que a Colômbia reveja sua posição de não participar do Conselho Sul-Americano de Defesa ainda em gestação, mas destacou que a instituição poderá entrar em funcionamento sem a presença do país andino. "Eu espero que o presidente (colombiano Alvaro) Uribe possa rever sua posição, mas vamos aguardar o densenrolar do dia", disse Jobim a jornalistas ao chegar à reunião de presidentes sul-americanos, na qual será assinado o tratado de criação da União Sul-Americana de Nações (Unasul). Questionado se o Conselho poderia funcionar sem a Colômbia, Jobim respondeu: "É lógico". "É uma questão de quem quiser participar, participa. Quem nao quiser, não participa." Jobim disse que dos 11 países da América do Sul que visitou em busca e apoio à idéia da criação do conselho, apenas a Colômbia demonstrou restrições. Também ao chegar para a reunião, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que, se a Unasul existisse na época da crise entre Equador, Colômbia e Venezuela, a região poderia ter encontrado uma solução mais "orgânica" para o impasse. A crise entre os três países foi deflagrada pela incursão do Exército colombiano em território equatoriano para matar um líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Se nós tivéssemos a Unasul mais formalizada no momento da crise, nós teríamos tido a possibildade de uma atuação mais orgânica, mais consistente", disse Marco Aurélio. Sobre a desistência do ex-presidente do Equador, Rodrigo Borja, de ocupar a secretaria-Eral da Unasul, o assessor disse que o equatoriano tinha uma visão muto ambiciosa do papel da nova entidade. "É dificil, que compatibilizemos todos os interesses... acho que não houve saída por que não houve entrada. O presidente Borja desde o começo tinha uma visão muito ambiciosa da Unasul." (Reportagem de Isabel Versiani; Edição de Eduardo Simões)

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