Para internautas, reforma no Senado não acaba com benesses

Na última segunda-feira, o presidente do Senado, José Sarney, apresentou estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas a fim de promover uma mudança na estrutura administrativa da Casa. Mas, para 421 (85%) internautas que participaram da enquete do estadão.com.br, a adoção da proposta não acabaria com as benesses dos cargos e salários do Senado.

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Por Redação
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A medida foi tomada após o escândalo de diretorias, benefícios e super salários que envolveu senadores e apenas 77 (15%) dos 498 participantes da enquete acreditam que ela ajudaria a melhorar a estrutura da Casa. O projeto ainda vai ser analisado pelo colegiado de líderes.

 

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A proposta da FGV esvaziou o poder do diretor-geral da Casa, que terá suas funções limitadas à área de administração. É o fim da chamada "era Agaciel" - os 14 anos em que o ex-diretor-geral Agaciel Maia comandou a administração do Senado, quando a estrutura da Casa foi inchada até chegar aos atuais 110 cargos com a denominação de diretor, segundo detectou o estudo da FGV.

 

Com 124 páginas, a proposta tira da Diretoria-Geral o comando de 20 subsecretarias, ficando com seis departamentos em sua estrutura. O estudo sugere a criação da Secretaria de Tecnologia, que terá como subordinados o Prodasen e a Gráfica do Senado. Estes dois, porém, continuam com autonomia administrativa, financeira e orçamentária. O Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), onde hoje está lotado Agaciel, e o Centro Integrado de Estudos do Legislativo são fundidos e passam a integrar a chamada Universidade do Legislativo (Unilegis).

 

Pela proposta da FGV, os cargos com a denominação de diretor terão drástica redução. Serão apenas 7, ante os 41 que, hoje, efetivamente exercem a função de direção. A maioria dos cargos restantes não será, no entanto, extinta, tendo apenas o nome alterado.

 

Das 38 secretarias hoje existentes, 14 serão eliminadas. As 22 restantes terão apenas o nome alterado para departamento, assessoria ou coordenação.

 

 

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