Para Inocêncio, atrasos não descartam perdas de arrecadação

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Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira, disse hoje que com a decisão do partido de votar a CPMF no Senado, na primeira quinzena de junho, termina o impasse em relação ao assunto. Na avaliação de Inocêncio, a votação no Senado pode ser concluída até o dia 10 do mês que vem, mas observou que haverá perda de arrecadação, porque o PFL considera inconstitucional a redução da noventena (prazo de 90 dias para a entrada em vigor da CPMF, depois da promulgação). Inocêncio disse também que a medida provisória do salário mínimo, que está trancando a pauta da Câmara, só deverá ser apreciada na semana que vem, quando o presidente da Câmara, Aécio Neves, retornar da Europa. "O caixa do Tesouro agradece muito a pauta trancada, pois quando é destrancada, o Tesouro perde", ironizou o líder do PFL, referindo-se a projetos que implicam em mais gastos no orçamento, como os que propõem a restruturação da carreira dos servidores públicos. Cenário eleitoral O líder do PFL na Câmara disse que as pesquisas de intenção de votos que registram hoje grande vantagem do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em relação aos demais, são um retrato do momento. Mas na avaliação do deputado o processo eleitoral só será definido a partir da propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV. Ele considera o discurso de todos os candidatos muito parecidos e acha que só está definido, por enquanto, que Lula estará no segundo turno. Inocêncio disse ainda que não se deve temer a vitória do candidato do PT, porque o Brasil vive num regime democrático e a estabilidade econômica só foi possível graças à estabilidade política. Na opinião do deputado, a candidatura de José Serra, pelo PSDB, é irreversível. Ele disse ainda que no PFL apenas dois Estados não devem apoiar "de maneira alguma" o candidato do governo: a Bahia, comandada pelo senador Antônio Carlos Magalhães, e o Maranhão, comandado pela ex-governadora Roseana Sarney. O líder disse que em Pernambuco o PFL, comandado pelo vice-presidente, Marco Maciel, deve apoiar Serra. Mas pessoalmente Inocêncio disse que ainda não tomou nenhuma decisão. "Em política não se diz ´dessa água não beberei?".

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