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Para Grajew, do Instituto Ethos, falta ética na política

Por LEONENCIO NOSSA E CÉLIA FROUFE
Atualização:

O presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Oded Grajew, causou mal-estar na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) ao pedir um minuto de silêncio "pelo falecimento ético e moral do sistema político brasileiro". Em discurso aos empresários e sindicalistas presentes ao encontro, no Palácio do Itamaraty, Grajew afirmou que o problema "não são as pessoas - Sarney ou Collor -, é o sistema, que permite a ascensão de pessoas pouco comprometidas com a ética". No momento da intervenção de Grajew, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não participava da reunião, coordenada pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Grajew disse não acreditar que o atual Congresso brasileiro faça uma reforma política. "Eu não vejo a mínima possibilidade de sair (a reforma) por iniciativa do Congresso. A maioria (dos parlamentares) é beneficiada pelo sistema e não tem vocação suicida, camicase. Seria o mesmo que acreditar em Papai Noel." Em reação à fala de Grajew, alguns empresários e sindicalistas se retiraram da reunião. Um desses empresários disse, depois, sem se identificar, que Grajew deveria ter sido vaiado. O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, qualificou de "um absurdo" a intervenção do presidente do Instituto Ethos.

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