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Para governo, momento é oportuno para reforma tributária

Presidente vai fazer um apelo para que todos ajudem na aprovação da proposta, que será enviada na quinta

Por Tania Monteiro
Atualização:

A reforma tributária foi um dos principais assuntos da reunião de coordenação política na manhã desta segunda-feira, 25, no Palácio do Planalto. "Desta vez será possível uma reforma tributária maior", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo um dos participantes da reunião. O governo encaminhará a proposta ao Congresso Nacional na quinta-feira, já que considera oportuno o momento para a aprovação do projeto. Veja Também: Aécio cobra 'decisão política' por reforma tributária Na quarta-feira, em encontro com empresários, Lula vai fazer um apelo para que todos ajudem na aprovação da proposta. O governo vai insistir que esta pode não ser a proposta de reforma ideal, mas é a que considera possível neste momento. O presidente vai reiterar o apelo no Fórum de Governadores do Nordeste, na sexta-feira, em Aracaju, Sergipe. Na ocasião, ele vai pedir aos governadores, conforme revelou na reunião de hoje, que todos "se engajem, e se empenhem para ajudar a reforma tributária". O presidente disse que "este é um momento muito diferente dos outros, com o nível de confiança do País muito maior". Para Lula, "fazer reforma tributária com o País crescendo é mais fácil do que em momento de ajuste fiscal". Hoje, ele ainda vai se reunir com as centrais sindicais para apresentar a reforma. Em cerimônia no Planalto, Lula disse que quer uma reforma tributária capaz de deixar o Brasil mais competitivo. "O maior custo Brasil que se tem não são os impostos. O maior custo Brasil foi um século de esquecimento do povo pobre desse País, sendo tratados como cidadãos de segunda categoria."   Entenda a reforma tributária     O governo encaminha na quinta-feira ao Congresso o projeto de reforma tributária, que pretende desonerar as empresas e acabar com a guerra fiscal entre os Estados.   O projeto de reforma tem como principal destaque a desoneração da folha de pagamento, com a suspensão da cobrança das empresas do salário-educação. Também vai reduzir gradativamente a contribuição das empresas ao INSS, atualmente de 20 por cento.   A reforma cria ainda o Imposto de Valor Agregado (IVA) federal, que reunirá o PIS/Pasep, Cofins e Cide. O ICMS estadual será unificado no IVA dos Estados.

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