Para Garotinho, gestão na segurança definirá seu futuro político

Por Agencia Estado
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Em reunião com a bancada federal do Rio de Janeiro, na noite de ontem, em Brasília, o ex-governador Anthony Garotinho reconheceu que o desempenho à frente da Secretaria de Segurança Pública do Estado será decisivo para seu futuro político e os planos de se candidatar a presidente mais uma vez. "Se não der certo como secretário de Segurança, não pode ser presidente da República", disse o próprio Garotinho, reproduzindo o que acredita ser o raciocínio do eleitorado. "A decisão está tomada. O PSB agora só tem um caminho: trabalhar para o entendimento com o governo federal e torcer para que dê certo", resumiu ontem o líder do partido na Câmara dos Deputados, Eduardo Campos (PE), ao comentar a nova função de Anthony Garotinho. O entendimento com a União também é uma preocupação do comando socialista porque, desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Garotinho e sua mulher, a governadora Rosinha Matheus, têm tido um comportamento de total independência e, em alguns momentos, de confronto, mas nem sempre em sintonia. Campos reconhece que assumir a secretaria é uma cartada de alto risco, e, se a violência persistir no Rio de Janeiro, será um golpe nos planos de Garotinho e do PSB de chegar à Presidência da República. O primeiro-secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira, durante reunião da executiva nacional, confessou a Garotinho sua surpresa. "Eu tinha um sentimento de que de um momento para outro ele poderia integrar o governo do Estado, mas, com toda franqueza, não passou pela minha cabeça que pudesse ser numa área tão complicada. É ousado e a ousadia é uma das características do governador Garotinho."

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