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Para fontes do PMDB, senadores se precipitaram em acordo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A indicação do senador Amir Lando (PMDB-RO) para a liderança do governo no Congresso Nacional ainda não significa um acordo institucional com o PMDB, mediante o qual esse partido passaria a fazer parte da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva. O que houve no episódio, segundo fontes da cúpula do partido, foi uma precipitação dos senadores peemedebistas liderados pelo senador Renan Calheiros (AL). O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), sabia da movimentação dos senadores desde quarta-feira, mas esperava que o que considera "um primeiro passo" no processo de adesão do PMDB ao governo fosse anunciado depois da reunião que as bancadas na Câmara e no Senado terão com o presidente Lula na próxima semana, provavelmente quarta-feira. Segundo essa fonte, Renan decidiu "precipitar as coisas" para se manter na condição de interlocutor e protagonista do processo, o que seria um caminho para fortalecer sua candidatura a presidência do Senado na sucessão do senador José Sarney, na qual terá como adversário o líder do PT, senador Aloízio Mercadante. O que há, de fato, diz a fonte, são conversas institucionais que foram retomadas, mas que não fecham qualquer acordo sólido com o governo. Isso até poderá acontecer, diz a fonte, quando for possível a distribuição de poder real beneficiando o PMDB. Isso significa indicações para o ministério e hoje o governo não tem vagas disponíveis. O partido não aceita, também, soluções que impliquem trocas de ministros para contemplar o PMDB. Se isso ocorrer, o PMDB sairá do processo com o carimbo de fisiológico. De qualquer modo, os senadores que atuam à margem da cúpula do partido e do pensamento dos governadores e da bancada na Câmara, além da nomeação de Amir Lando, indicaram o ex-senador Sérgio Machado (CE) para a direção da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Por enquanto, as reuniões com Lula estão mantidas e deverão ocorrer na semana que vem.

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