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Para ela, País pode liderar economia no século 21

Por Moacir Assunção
Atualização:

Em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã de ontem, a senadora Marina Silva (PT-AC) afirmou que o Brasil está em excelentes condições para liderar um movimento em favor da sustentabilidade no planeta, por conta de suas reservas hídricas e por ser uma potência ambiental. "O País pode liderar a economia do século 21, de baixo carbono. As condições para que o Brasil dê o grande salto em busca da sustentabilidade ambiental com desenvolvimento são semelhantes àquelas que os EUA conseguiram desenvolver no século 20", comparou. Ouça a entrevista da senadora à Rádio Eldorado Apesar do discurso de presidenciável, Marina continuou negando que já tenha decidido sair do PT, partido no qual milita há 30 anos, a fim de se transferir para o PV, onde disputaria o Palácio do Planalto. Por enquanto, segundo ela, o que tem ocorrido é uma discussão sobre questões programáticas ligadas à sustentabilidade ambiental, tema que, em sua visão, não tem sido debatido por nenhuma legenda. "Ainda não decidi (sair do PT). Estou amadurecendo a decisão, conversando com pessoas." De acordo com Marina, a conversa com o PV passa pela questão da defesa da sustentabilidade ambiental aliada ao desenvolvimento econômico. "Esse tema precisa ser estratégico para o Brasil e não marginal, mas não tem sido debatido pelos partidos, a não ser por grupos minoritários. Não dá para atribuir a culpa a uma ou outra legenda", afirmou. Nem mesmo o PV, de acordo com a senadora, tem feito essa discussão a contento. "Mas há um esforço no PV para ressignificar a questão. Esse debate não tem sido feito nem mesmo pelos setores progressistas em termos sociais e culturais", disse. Com relação à crise no Senado, Marina defendeu a posição da bancada do PT na Casa pelo afastamento temporário do presidente José Sarney (PMDB-AP), com o aprofundamento das investigações do Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e Polícia Federal sobre atos secretos e nepotismo. "Defendi isso na bancada, junto ao presidente Lula e ao presidente Sarney. Acho que, além disso, deveríamos aproveitar a oportunidade para fazer um grande debate, com a participação da sociedade, sobre o Senado que queremos."

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