Para Dirceu, governo não discorda sobre política econômica

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Por Agencia Estado
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O ministro da Casa Civil, José Dirceu, negou que exista discordâncias dentro do governo sobre a condução da política econômica. "Não há divergência de fundo sobre a condução que o ministro Palocci faz da política econômica", afirmou, explicando que conversou ao longo dos últimos dias, tanto com o ministro da Fazenda, quanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o assunto. O ministro negou que o diretório nacional do PT tenha discutido a condução da política econômica no fim de semana passado nos termos em que foi noticiado pela imprensa.Dirceu disse que os ministros fazem avaliações e discussões sobre economia, mas quem decide a política econômica é o presidente da República. Citando o bom desempenho do País na área externa e o esforço fiscal feito ao longo do ano, o ministro disse que o País está viabilizando um horizonte de investimento a médio prazo. Ao controlar a inflação, alcançar saldos comerciais e fiscais superavitários, além da redução do risco Brasil, o País tem todas as condições, segundo ele, de eliminar a vulnerabilidade externa que fragilizava a economia a choques externos. "Se cresce o emprego e a renda, conseguimos o básico", afirmou, admitindo em seguida que há outras demandas, como as sociais, que precisam ser compatibilizadas às possibilidades do País. O ministro rebateu ainda uma crítica do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, de que o governo aumentou em 13% os gastos públicos de janeiro a outubro. De acordo com ele, os gastos que subiram eram necessários, citando como exemplo a defasagem dos salários dos servidores públicos federais. De forma geral, Dirceu disse que o governo vem cortando custeio, sendo rigoroso para viabilizar recursos para investimentos. Reforma Dirceu disse que não vê problema na possibilidade de o PT vir a perder ministérios na reforma que deve está sendo preparada pelo governo. "Não vejo nenhum problema de ter mais ou menos ministérios. Ninguém do PT está reclamando disso", afirmou, acrescentando que o diretório nacional do partido não discutiu esse assunto em sua reunião do último fim de semana.

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