Para Ciro, oposição "entrará numa fria se federalizar eleições"

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, disse nesta sexta-feira que não tem respeito ?intelectual? e ?político? pelo comportamento de ?certos setores da oposição no Brasil?. Embora não tenha citado nomes, Ciro elegeu uma ?fração do PSDB de São Paulo? como alvo de seus ataques. ?Essa gente, que arrebentou o País?. O ministro esteve em Belo Horizonte onde participou de atividades de campanha do prefeito Fernando Pimentel (PT), que concorre à reeleição. Ele afirmou que a oposição já percebeu que vai ?entrar em uma fria? se decidir federalizar as eleições municipais. ?Eles podem até imaginar, na impostura deles, que o povão não tem memória, mas eu tenho. E é implacável?, disse, referindo-se aos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Ciro citou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superior a 3,5% neste ano, a redução da taxa de desemprego e outros números para dizer que na comparação com a administração anterior, o atual governo poderia até ?botar um salto alto?. ?Mas eu não faço isso porque nós temos que comparar é com o tamanho da esperança que semeamos para o povo, e aí nós estamos muito longe, estamos devendo muito. O que me anima é que nós não desertamos de nenhum compromisso?. Militante ? O ministro participou pela manhã de uma caminhada pelo Mercado Central da capital mineira ao lado do candidato petista. Disse, porém, que estava na cidade como ?militante partidário? e não representando o governo. ?Sou vice-presidente nacional de um partido, o PPS, meu partido, (que) apóia essa candidatura e eu consultei o presidente Lula qual o limite que eu tinha para exercitar a minha tarefa de militante partidário?. Pimentel, cuja campanha já contou com a presença de outros representantes do primeiro escalão do governo federal, como o vice-presidente da República, José Alencar, e os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Walfrido Mares Guia (Turismo), reforçou o argumento. ?Eles não estão vindo como ministros, vêm como militantes dos partidos da nossa coligação. Se o companheiro não ocupasse um cargo no ministério do Lula, eu o convidaria da mesma forma e teria enorme orgulho em ter ao meu lado.

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