O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse, nesta sexta-feira, 30, ao Broadcast Político ser o nome mais viável fora da polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Segundo ele, Lula representa o “passado, fragmentado e não racional”, enquanto Bolsonaro pode nem participar da disputa eleitoral. “Não tem nem partido político”, disse.
Ciro disse que a população vai se “surpreender” com as alianças que o PDT está articulando nos Estados com foco nas eleições. Para ele, o PT não tem um candidato “viável” porque peca justamente na articulação.
Na entrevista, Ciro avaliou que a adoção do voto impresso nas eleições é um retrocesso que representa uma “preguiça” institucional. Ele sugere, apesar de acreditar na inviolabilidade da urna atualmente utilizada, uma combinação entre a tecnologia da urna eletrônica e um comprovante do voto que seria depositado numa urna inviolável, por amostragem.
Como forma de tirar argumentos do chefe do Executivo, o ex-ministro avalia que poderia ser implementado um método em alguns locais para garantir a amostragem dos votos. Segundo Ciro, além da confirmação do voto na urna eletrônica, a ideia é que seja emitido, também, um papel com os registros dos votos. Conforme explica, o registro impresso, após o eleitor checar e validar as informações, deveria ser depositado em local inviolável. A contagem principal dos votos seguiria pela urna eletrônica, mas caso haja qualquer dúvida, a população teria os votos impressos para confirmar.