29 de maio de 2013 | 13h36
O Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) criticou nesta quarta-feira, 29, a dificuldade de articulação do governo com os parlamentares. "De 420 deputados que compõem a base, o governo não consegue colocar 257 numa sessão importante, decisiva, na segunda feira à noite. Tem que se tirar razões, tirar lições, para que nós possamos nas próximas não passar por isso, que foi um vexame", afirmou.
Alves se referiu à dificuldade do governo a mobilizar sua base para votar a Medida Provisória 605, que permitiria a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento das usinas térmicas, o que tornaria possível a redução do custo da energia elétrica prometida pelo governo federal.
No Senado, as MPs 605 e 601 (que concede desoneração ao setor produtivo) não foram votadas. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), cumpriu a promessa feita aos senadores de não votar MPs com menos de sete dias de prazo para discutir os textos.
O presidente da Câmara voltou a dizer que serão avaliadas propostas que mudam o rito de apreciação de MPs. Segundo Alves, os parlamentares na Câmara também reclamam do prazo curto e as MPs ficam por um "prazo muito longo" nas comissões mistas, o que dificulta o trabalho da Casa.
Alves criticou o excesso de MPs que chega à Casa, mas ponderou que isso não é um problema apenas do governo Dilma Rousseff. "O que nos compete fazer é melhorar o rito da sua tramitação para apreciação de melhor qualidade com mais tempo, tanto nesta Casa quanto no Senado, disse.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.