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Para Alckmin, Serra agiu certo ao deixar Ministério

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) rejeitou hoje as críticas feitas ao ex-ministro da Saúde, José Serra, que deixou o cargo para cuidar da candidatura presidencial justamente no momento em que o País está passando por uma epidemia de dengue. "Acho que o Serra agiu de forma correta", afirmou Alckmin. "Eu sempre defendi que não se devia antecipar a campanha eleitoral, porque isso iria prejudicar o governo", completou. Mas, segundo Alckmin, na virada do ano a campanha começou e Serra não teria outra opção a não ser deixar o Ministério, retornar ao Legislativo e se preparar para a disputa eleitoral. Sobre as alianças e articulações que estão sendo negociadas pelos pré-candidatos à presidência da República de vários partidos, Alckmin não quis fazer comentários. Em relação ao recente encontro entre o presidenciável do PPS, Ciro Gomes e lideranças do PDT e PTB para formar uma coligação nacional, Alckmin acredita que essa aliança não prejudica o cenário eleitoral estadual. O PTB, tradicionalmente, apoia o candidato tucano. Alckmin também preferiu a discrição ao se referir a uma provável aliança entre o PT e o PL para disputar a sucessão presidencial. "Festa de jacu, inhambu não pia", afirmou o tucano. Mas não resistiu a ironia. "É a vocação liberal do PT, né? Estão encontrando o caminho de Damasco", disse Alckmin, referindo-se a passagem bíblica da conversão do general romano Saulo de Tarso. Saulo de Tarso estava em perseguição aos cristãos, no caminho que levava à cidade de Damasco (Síria), quando escutou a voz de Jesus Cristo, se assustou e caiu do cavalo. Ele também ficou cego e, logo após o tombo, escutou novamente a voz divina, dando instruções para que procurasse Ananias, em Damasco. Foi durante este caminho que o general romano se converteu ao cristianismo e trocou de nome para Paulo de Tarso.

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