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Para Aécio, Alckmin não vai se opor ao fim da reeleição

Ao participar de um programa, o candidato tucano disse que não trabalhará pelo fim do direito de um candidato disputar um segundo mandato

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) disse hoje que não acredita que o presidenciável tucano Geraldo Alckmin irá se opor ao projeto que prevê o fim da reeleição, caso a proposta vigore no Congresso. Ontem, no programa Roda Viva, da TV Cultura, Alckmin disse que se eleito não irá mobilizar sua base parlamentar para aprovar o projeto de autoria do deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA). E afirmou também ser contrário a um mandato de cinco anos. "Essa é uma decisão que no momento certo será submetida ao Congresso Nacional. O que o nosso candidato disse é que ele, do ponto de vista pessoal, não é, vamos chamar assim, filiado a essa idéia. Mas não acredito na oposição dele se ela vigorar", afirmou Aécio, cotado como eventual candidato á presidência em 2010. O governador mineiro assegurou que não firmou com Alckmin um acordo envolvendo o projeto que extingue o dispositivo da reeleição. "Nunca houve esse acordo. Nós apoiamos o Geraldo Alckmin, eu particularmente, porque acho que é a melhor alternativa para o País". Aécio lembrou que dentro do partido existem posições divergentes em relação ao tema e garantiu que está absolutamente empenhado na eleição do ex-governador de São Paulo. "Eu, com muita clareza, prefiro mandato de cinco anos, como preferem outros companheiros do partido", disse em referência ao ex-prefeito José Serra. Recuo Na política estadual, após uma verdadeira rebelião do PFL, Aécio foi obrigado a recuar e anunciou, no início da noite, a mudança do candidato ao Senado na chapa majoritária que apóia sua reeleição. Aécio havia indicado Adrienne Barbosa Andrade, mulher do seu atual vice, Clésio Andrade (PL) como candidata ao Senado, deixando os pefelistas de fora da coligação majoritária. A vaga de vice na chapa ficou com o "técnico" Antonio Anastasia, filiado ao PSDB. A composição irritou o PFL mineiro e nacional. O senador Jorge Bornhausen (SC), presidente do partido, conduziu a reação que levou a indicação para a disputa ao Senado do deputado federal Eliseu Rezende, que preside o diretório estadual da legenda. Aécio concedeu entrevista ao lado de Clésio e negou que tivesse havido "pressões externas" para a mudança. Disse que a reabertura das discussões partiu do próprio vice-governador. O PFL no entanto, jogou duro , ameaçou lançar um candidato avulso ao Senado e abandonar a aliança caso não fosse atendido.

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