Para Aécio, queda de arrecadação em 2015 decorre de 'políticas erradas do governo do PT'

Dados divulgados hoje pela Receita Federal mostram que, no ano passado, a arrecadação de tributos pelo órgão teve queda real de 5,62% em relação a 2014; o presidente do PSDB defende reformas estruturais

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Por Ricardo Brito
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta quinta-feira, 21, que a queda de arrecadação em 2015 vai agravar o problema fiscal e decorre de "políticas erradas do governo do PT". Dados divulgados hoje pela Receita Federal mostram que, no ano passado, a arrecadação de tributos pelo órgão alcançou R$ 1,221 trilhão, uma queda real de 5,62% em relação a 2014. Foi o pior desempenho anual desde 2010, considerando os valores corrigidos pela inflação.

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O tucano defendeu a aprovação de reformas estruturais para fazer o País voltar a crescer e o governo conseguir recursos para financiar políticas públicas essenciais. Segundo ele, se não fizer isso, o Brasil terá um "agravamento da crise" neste e nos próximos anos. O presidente do PSDB, contudo, não citou quais seriam as reformas na nota divulgada.

Aécio citou o fato de que o governo aprovou um orçamento de 2016 que estima um crescimento real da arrecadação em 7%, o que corresponde a R$ 80 bilhões de crescimento real da receita. Ele citou o fato de que a queda real da arrecadação no ano passado foi de R$ 76 bilhões.

"Como será possível a arrecadação crescer em termos reais 7% em um ano de recessão? Não será possível e o governo, sem controlar a despesa, virá atrás de socorro no bolso do contribuinte via aumento da carga tributária. A oposição vai se colocar firmemente contra isso", disse o tucano.

Aécio disse que, nos últimos anos, o Executivo aumentou a dívida pública em mais de R$ 500 bilhões, interferiu excessivamente nos marcos regulatórios e no funcionamento das empresas estatais, isolou o Brasil do resto do mundo e gastou o que não podia. "O resultado foi um agravamento da crise fiscal e uma recessão que reduziu a receita do governo federal e dos Estados da federação. O mesmo acontecerá este ano", criticou.

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