O deputado e ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT-SP) afirmou nesta segunda-feira, após a reunião do Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que está mais otimista com a economia atualmente do que quando comandava a equipe econômica. "Eu sou otimista em relação à economia brasileira. Eu já era otimista e agora sou ainda mais. Tenho certeza que ela está no caminho certo", disse, nas poucas palavras que dirigiu à imprensa após o encontro. Segundo Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos da Fiesp, que participou do encontro, o ex-ministro ressaltou, durante sua apresentação, os novos números da metodologia do PIB, "que melhoraram os índices de crescimento de seu período como ministro". No entanto, Francini destacou que o otimismo com a economia em geral não "coincide com a opinião da Fiesp, porque a situação da indústria de transformação continua delicada e deve piorar". "Palocci é mais otimista que a Fiesp quanto ao desempenho geral da economia e da indústria em particular", salientou Francini. Em relação às reformas, o ex-ministro afirmou que tem convicção que elas são necessárias, mas que sabe das dificuldades em implementá-las, relatou Francini. "Palocci disse que é um momento apropriado para encaminhar as reformas, em particular a tributária, e citou ainda que existem nós que devem ser desatados, como o crédito do ICMS, que está prejudicando as exportações brasileiras." O economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Edgar Pereira, também presente ao encontro, destacou que Palocci afirmou que o governo nada pode fazer para conter a queda do dólar ou ampliar o corte na taxa básica de juros. "Palocci disse que entende não ser necessário ou possível fazer qualquer intervenção nesses preços, que devem ser ajustados via mercado", relatou.