A reportagem da revista revela que há uma investigação sigilosa do Ministério Público em torno de 30 empresas que pagaram a Palocci. O período em que coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, teria sido o que mais prosperou financeiramente.
Na lista dos pagamentos suspeitos estão os valores repassados pela JBS, que buscava um sócio no mercado de frango nos Estados Unidos. Logo após a "consultoria", a JBS recebeu financiamento do BNDES. A JBS doou à campanha de Dilma R$ 13 milhões em 2010 e R$ 70 milhões em 2014. Segundo documentos obtidos pela revista, Palocci recebeu da JBS R$ 2 milhões entre 2009 e 2010. De acordo com a Procuradoria, Palocci diz ter ajudado a JBS na busca pelo sócio norte-americano. A empresa, no entanto, diz que não o contratou.
Já a concessionária Caoa procurava um parceiro no mercado chinês e logo após os "serviços" de Palocci o Congresso teria aprovado um benefício fiscal que ajudou a empresa. O petista também não conseguiu comprovar os serviços prestados a essa empresa. De acordo com a revista, Palocci recebeu R$ 4,5 milhões da empresa entre julho e dezembro de 2010. A Caoa também negou a consultoria.
Nota
"Afirmamos, categórica e peremptoriamente, que as atividades e recursos da Projeto não têm nem nunca tiveram qualquer relação com a referida campanha eleitoral ou com qualquer outra (...). Repudiamos, assim, com indignação, qualquer insinuação ou ilação gratuita nesse sentido", disse a consultoria de Palocci em nota à publicação.