'Palavra que vale é a do presidente Eduardo Cunha', diz André Moura

Presidente da Câmara disse pela manhã que Moura foi conduzido pelo ministro Jaques Wagner ao gabinete de Dilma para negociar apoio ao peemedebista no Conselho de Ética em troca da aprovação da CPMF; o ministro afirmou que Cunha mente

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Por Daniel de Carvalho
Atualização:

Um dos principais integrantes da "tropa de choque" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PSC, deputado André Moura (SE), disse na tarde desta quinta-feira, 3, que, na guerra de versões entre o peemedebista e o governo, vale a palavra de seu aliado.

"A palavra que vale é a do presidente Eduardo Cunha", disse Moura, enquanto tentava se esquivar dos jornalistas. Ele passou o dia sem atender telefonemas e evitou ao máximo comentar o assunto.

O deputado federal André Moura (PSC) Foto: André Dusek

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Cunha disse pela manhã que Moura foi conduzido pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil) ao gabinete da presidente Dilma Rousseff para negociar apoio ao peemedebista no Conselho de Ética em troca da aprovação da CPMF. "A presidente, ontem, mentiu à nação quando fez seu pronunciamento. Mentiu quando disse que o seu governo e ela não autorizavam qualquer barganha. Ontem pela manhã, o deputado esteve com a presidente da República, que quis vincular apoio dos deputados do PT à aprovação da CPFM", afirmou Cunha nesta manhã.

Jaques Wagner disse que Cunha mente. "O presidente da Câmara mentiu porque afirmou que ontem o deputado André Moura teria estado com a presidente Dilma levado por mim. O deputado não esteve com a presidente, esteve comigo", afirmou o ministro, que disse que o impeachment não constava na pauta, dedicada às matérias econômicas.

Moura saiu em defesa do presidente da Câmara. "O que o presidente Eduardo Cunha falou eu confirmo", disse já entrando no carro.

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