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Países de língua portuguesa criam portal na internet

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Por Agencia Estado
Atualização:

Brasil, Portugal, Moçambique, Cabo Verde, Angola e Timor criaram um portal de internet para compartilhar dados, estudos, artigos e documentos sobre tecnologias de informação nos países de Língua Portuguesa. O Observatório da Sociedade da Informação (http://osi.unesco.org.br), desenvolvido pela Unesco no Brasil e lançado nesta quinta-feira, em Brasília, tem a tarefa de estimular debates sobre o acesso universal às novas tecnologias, que podem reduzir diferenças sociais. ?Estamos tratando da democratização mundial?, definiu o embaixador português, Antonio Canastreiro Franco, durante o evento. O portal dos seis países permitirá articular propostas conjuntas a serem encaminhadas durante a 1.ª Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, marcada para dezembro em Genebra (Suíça). A Cúpula tratará de temas como comércio e governo eletrônicos, traçando planos internacionais que terão impacto sobre todos os países. ?Pela primeira vez, estamos garantindo conteúdo em Português para estimular o debate entre os países parceiros?, disse Jorge Werthein, representante da Unesco no Brasil. Além dos pequenos grupos ?Com o Observatório, faremos com que mais pessoas participem dessas discussões, e não apenas os pequenos grupos que cada país cria para enviar a estas cúpulas?, explicou Maria Inês Bastos, coordenadora de comunicação e informação da Unesco no Brasil. ?É importante garantir que todos os países sejam incluídos na Sociedade da Informação, e não apenas os ricos.? Já existe um portal da Cúpula da Sociedade da Informação, mas não há conteúdo em português. O portal, estruturado com software de código aberto, foi desenvolvido entre março e julho deste ano. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que representa o Brasil na parceria, vai bancar o custo para a manutenção da base de dados (um programador de linguagem php durante um ano). O restante do custo direto de criação do portal (US$ 7.500) foi coberto com verba da sede da Unesco, em Paris. Outras barreiras O representante do MCT no evento, Nilson Lage - diretor geral do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) -, criticou diretamente os portugueses pelo que definiu como barreiras não-tecnológicas de integração entre os países de Língua Portuguesa. ?Os livros produzidos em Portugal chegam aqui com preço muito alto?, disse ele, comparando o fato com a facilidade e o custo relativamente menor de um livro adquirido dos Estados Unidos. Também participaram do evento os embaixadores de Moçambique, Cabo Verde, Angola. O lançamento do Observatório da Sociedade da Informação foi transmitido com exclusividade para o Grupo Estado.

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