Pais e alunos querem movimento contra greve de professores

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação de Pais e Alunos do Estado do Rio de Janeiro (Apaerj) vai procurar o Ministério Público nesta segunda-feira para entrar com uma representação contra os grevistas e contra o governo e forçar os professores a voltar às salas de aula dos colégios federais do Rio de Janeiro. Segundo o presidente da Apaerj, João Luiz Faria Neto, essa é a única forma de tentar conseguir uma saída para a paralisação dos professores das escolas e universidades federais (que dura mais de dois meses) e para o impasse sobre a anulação do vestibular. "Todos sabemos que, enquanto os professores não voltarem a dar aulas, não há como marcar nova data para o exame. E isso só acontece com o fim da greve", afirma Faria Neto. A Apaerj representa cerca de 70 mil pais e alunos em todo o Estado. Segundo o presidente da entidade, a associação está conversando com outros grupos que representam alunos do resto do Brasil para tentar criar um movimento nacional contra a greve. "Vamos conversar com os promotores do Ministério Público e eles vão nos ajudar a acabar com a paralisação. Alguém tem que pagar por isso tudo, e achamos que não devem ser os alunos." Nesta segunda-feira o Conselho de Ensino de Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também se reúne para tentar discutir as novas datas para o vestibular, mas, na última sexta-feira, a conselheira Ângela Gonçalves disse à Agência Estado que será difícil marcar uma data definitiva para a realização dos testes sem que, antes, seja encontrada uma solução para a greve. Os grevistas da UFRJ também discutem o assunto na terça-feira durante assembléia. A greve quase foi interrompida no início da semana passada, quando um acordo entre grevistas e governo pareceu possível. Mas, como ficaram faltando R$ 250 milhões no orçamento de 2002 para que o ministro Paulo Renato Souza (Educação) consiguisse bancar as reivindicações dos grevistas, a paralisação continua.

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