
22 de junho de 2011 | 10h27
Seu advogado, Frederico Crissiuma Filho, afirmou que as folhas dizem respeito ao trabalho de assessoria que Pagura prestava ao CHS na instalação de um centro de neurocirurgia. Segundo ele, o médico recebia apenas do Sistema Único de Saúde (SUS) e, quando foi convidado para assumir a secretaria, pediu a suspensão dos rendimentos.
Sobre um diálogo do médico com o ex-diretor do CHS Ricardo Salim considerado prova de irregularidade, o advogado disse que as frases foram mostradas fora de contexto. "O dr. Pagura perguntava se estava tudo certo com a parte administrativa do contrato dele." Segundo ele, o médico ia regularmente a Sorocaba para prestar a assessoria.
O diálogo foi mostrado no Fantástico, da Rede Globo. Em certo ponto, Salim diz a Pagura: "O teu ponto está sob controle, mas vamos tomar cuidado. Semana que vem, vamos pôr em algum lugar mais seguro." Depoimentos de outros investigados confirmam que o médico era escalado para plantões, embora nunca tenha aparecido no hospital.
Pagura é concursado pelo extinto Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps), absorvido pelo SUS. Entre 1997 e 2000, foi secretário municipal de Saúde, na gestão Celso Pitta. Foi contratado para trabalhar em Sorocaba em 2009, por intervenção de Salim.
Para prestar serviços à rede estadual, Pagura teve de ser cedido pelo SUS à Secretaria da Saúde. Apesar de lotado na Diretoria Regional de Saúde, ele deveria prestar serviços ao CHS. O neurocirurgião se desligou em dezembro de 2010, quando foi convidado por Geraldo Alckmin para a Secretaria de Esportes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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