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Pagot nega ligação entre contratos do Dnit e campanhas

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Por Andrea Jubé Vianna
Atualização:

Em depoimento no Senado, o diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, negou que haja qualquer relação entre "doadores de campanha e aditivos de contratos" nas obras conduzidas pelo órgão. Ele negou, sobretudo, que tenha declarado que recursos doados ao PR tenham sido redirecionados à campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. "É mentira", protestou.Pagot disse que o Dnit administra neste momento 1.156 contratos de obras em execução, dos quais o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscaliza, pelo menos, 400. Nesse cenário, ele afirmou que, "se algum malfeito ocorre", imediatamente os órgãos de controle acionam o órgão para que sejam feitas as correções devidas. Segundo o diretor-geral, ocorre sistematicamente uma confusão entre sobrepreço, superfaturamento e aditivos contratuais. Ele afirmou que no caso dos aditivos, por exemplo, eles são obrigatórios porque a lei determina que os preços das obras sejam atualizados anualmente.O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), disse, contudo, que os preços das obras no Brasil são muitos superiores àqueles praticados em outros países. "É ingenuidade esperar que a gente acredite que tudo que se fez foi correto. Os preços estão inflados demais e provocam irritação em todo mundo", criticou o tucano, ressaltando que "uma obra de 17 quilômetros não pode custar R$ 300 milhões".

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