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Paes pede demissão para se candidatar a prefeito do Rio

Por Talita Figueiredo
Atualização:

O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Lazer do Rio, Eduardo Paes (PMDB), Eduardo Paes (PMDB), pediu demissão do cargo. A exoneração, a pedido, pode significar o fim da aliança entre PT e PMDB para a eleição à prefeitura da capital fluminense. Segundo a assessoria do Palácio Guanabara (sede do governo do Estado), a demissão será publicada amanhã. Paes deixou o PSDB em 2007 com a intenção de se candidatar pelo partido do governador Sérgio Cabral, que, em março, anunciou o apoio ao deputado estadual Alessandro Molon (PT). Molon disse hoje estar surpreso com o possível fim da coligação. "A notícia nos pegou de surpresa. O PT, apesar disso, seguirá firme nesta eleição com minha candidatura e com nosso projeto para a cidade. As direções regional e municipal do PT se manifestarão após o pronunciamento oficial do PMDB", afirmou. Cabral e Paes estão na Grécia, onde participaram ontem da cerimônia que confirmou a capital fluminense entre as quatro finalistas para realizar a Olimpíada de 2016. A crítica do PMDB é que o PT não cumpriu o acordo de abrir mão da candidatura em 11 cidades fluminenses, em especial seis delas (Resende, Volta Redonda, Angra dos Reis, Queimados, Cabo Frio e Rio das Ostras). Hoje, líderes dos dois partidos participaram de tensa reunião no Rio. Na segunda-feira, o PMDB deverá votar o fim das alianças com o DEM (aprovada em novembro) e com o PT e anunciar a candidatura própria. Além de Paes, o deputado federal e ex-secretário de Segurança do Rio Marcelo Itagiba afirmou que disputará a vaga. A convenção do partido está marcada para dia 22. Em seu blog, o presidente regional do PMDB, Anthony Garotinho, que nunca admitiu a aliança com o PT, fez críticas a Cabral. "As mais novas vítimas, Molon e o PT, não têm do que reclamar. Foram avisados com muita antecedência, por mim e pelos que conhecem Cabral, que também seriam traídos. Lembro-me até da expressão que usei para dizer quanto vale a palavra de Sérgio Cabral: o mesmo que uma nota de 15 reais. Não existe", escreveu o ex-governador.

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