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Padilha pede saída de advogado-geral da União

Fábio Medina Osório teve dura conversa com o ministro-chefe da Casa Civil nesta quinta-feira; entre as justificativas para a demissão estão o fato de que ele nunca conseguiu se firmar no cargo e tem dificuldade de diálogo com ministros do STF

Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA – A saída do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, é dada como certa no Palácio do Planalto. As justificativas são variadas e vão desde que ele nunca conseguiu se firmar no cargo, que ele tem dificuldade de diálogo com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e que enfrenta problemas internos na Advocacia-Geral da União (AGU), sendo alvo de inúmeras queixas, muitas delas levadas ao palácio . De acordo com um interlocutor do presidente Michel Temer, não é possível deixar um cargo tão estratégico para o governo nesta situação delicada. Temer não conversou com ainda com Osório. Mas ele já foi avisado do cartão vermelho pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, com quem teve uma dura conversa nesta quinta-feira,8.

Fábio Medina Osório Foto: Divulgação

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Procurada, a assessoria do ministro não quis comentar a possibilidade de sua saída. Na verdade, Fábio Medina Osório ainda tem esperanças que ser chamado pelo presidente Michel Temer para uma conversa, o que não deverá ocorrer.

Uma das primeiras críticas a Osório foi o fato de ele ter sugerido estratégias que se revelaram ineficientes e erradas no caso da substituição do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no início da interinidade do presidente Temer, que gerou uma série de problemas ao governo na estatal, aparentemente resolvidos agora, com a suspensão da liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, permitindo que Ricardo Melo se mantivesse à frente da presidência da empresa.

Pouco depois, desagradou também ao Planalto a iniciativa de Osório de investigar a atuação de seu antecessor, José Eduardo Cardozo, criando uma frente a mais de atrito. Além disso, ele teria “atropelado” seu padrinho, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, marcando uma “reunião de emergência” com Temer para despachar assuntos de rotina.

Apesar desta movimentação para a saída de Osório da AGU, a reforma ministerial que Temer poderá fazer não deverá ser ampla, mas apenas pontual e o advogado sempre esteve na lista do Planalto.