PUBLICIDADE

Padilha nega ter assinado papel e pede investigação

Ministro diz que houve fraude no documento em que teria dado respaldo a instituto envolvido com emendas irregulares

Por Leandro Colon
Atualização:

BRASÍLIA - Em nota e entrevista ao Estado, o ministro Alexandre Padilha negou nesta quinta-feira, 9, que tenha assinado o documento inserido nos convênios do Inbrasil com o Ministério do Turismo. Ele disse que pediu uma investigação policial sobre o caso.

 

 

"Por se tratar de um documento inidôneo, o ministro Alexandre Padilha encaminhou ofício ao Ministro da Justiça solicitando o envolvimento da Polícia Federal na apuração dos fatos e da veracidade do documento", diz a nota oficial.

"Essa declaração tem sinais evidentes de falsidade, de fraude", disse Padilha à reportagem. Antes disso, a nota enviada pelo ministério já reforçava essa mesmo posição.

 

PUBLICIDADE

"O ministro Alexandre Padilha afirma que não assinou a declaração sobre o funcionamento do Instituto". Para contestar o documento, Padilha enumera uma série de possíveis indícios de fraudes na sua elaboração.

 

"A declaração apresentada pela reportagem destoa profundamente de todos os ofícios, declarações e demais documentos oficiais que são emitidos pela SRI (Secretaria de Relações Institucionais)", diz o ministro de Relações Institucionais. "A SRI não tem nenhum registro em seus arquivos do protocolo de entrada ou saída do documento em questão", afirmou.

 

"O timbre está incorreto, bem como todos os dados de seu cabeçalho: o telefone da Secretaria; o e-mail apresentado e a sua identidade visual. Os dados pessoais do ministro também estão equivocados, como a numeração de seu RG", afirma a nota.

 

Sua ex-assessora Crisley Lins foi procurada pelo Estado após a versão apresentada pelo ministro. Mais uma vez, repetiu que solicitou ao ministro o favor de assinar uma declaração de funcionamento do instituto Inbrasil. Ela nega qualquer fraude no documento. "Para quê faria um documento com fraude? Eu passei para lá e eles em enviaram documento eletrônico", disse

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.