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Padilha declara apoio a Haddad para Prefeitura de SP

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

O ministro da Educação, Fernando Haddad, ganhou hoje o apoio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na disputa pela indicação do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. Após almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em um hotel da capital paulista, Padilha defendeu a renovação dos quadros políticos e disse que a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o suficiente para lhe convencer. "Eu apoio a renovação. E se o Lula apoia, eu apoio", resumiu o ministro.Haddad disputa a indicação do partido com os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto, e os senadores Eduardo e Marta Suplicy. Nos bastidores, os aliados do ex-presidente Lula trabalham pela desistência dos pré-candidatos em favor do ministro da Educação, mas Marta Suplicy é o maior foco de resistência. A senadora tem alegado que é a pré-candidata com mais chances de ganhar as eleições, uma vez que as pesquisas de intenção de voto a colocam como favorita. Assim, os apoiadores de Haddad contam com a intervenção de Lula e da presidente Dilma Rousseff para dissuadi-la da pré-candidatura.Hoje, Haddad tem o apoio de 7 dos 11 vereadores da bancada petista em São Paulo. No governo Dilma, Haddad é o favorito do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Dentro da sigla, o ministro é o candidato da maior corrente, a Construindo um Novo Brasil (CNB), grupo do qual faz parte o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Caso Marta mantenha sua candidatura, os pré-candidatos devem disputar o voto da militância no dia 27 de novembro. CorrupçãoNo encontro com empresários hoje, Padilha foi questionado pela plateia sobre como evitar o desperdício e o desvio de recursos públicos na área. O ministro citou a criação do Portal da Transparência, onde é possível acompanhar os recursos distribuídos pelo Ministério da Saúde aos municípios, e defendeu a criação de uma Lei de Responsabilidade Sanitária nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "O Brasil precisa de uma Lei de Responsabilidade Sanitária, defendo muito isso", afirmou.O projeto, do senador petista Humberto Costa (PE), define as responsabilidades dos gestores nas esferas federal, estadual e municipal e estabelece punições administrativas e criminais para casos de gestão fraudulenta. "O gestor público tem de se profissionalizar cada vez mais", emendou o ministro.Perguntado sobre as chances de retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Padilha disse que a proposta nunca partiu do governo e que o crescimento do País pode colaborar para o aumento de recursos para a Saúde. "Aposto que o crescimento da economia do País vai contribuir para a saúde", afirmou.

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