PAC não será alterado por causa de críticas, diz Mantega

Para ministro, Estados poderão ser beneficiados por programa anunciado por Lula

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Por Agencia Estado
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que o governo não vai fazer alterações no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por causa das críticas dos governadores. Segundo ele, as medidas de desoneração fiscal previstas não serão modificadas. "Não temos como voltar atrás", disse. "O PAC não tem medidas que afetam os Estados", afirmou o ministro, ao chegar à reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Mantega disse ainda que os Estados poderão ser beneficiados pelo programa, caso haja uma elevação na taxa de crescimento da economia. "Com o crescimento maior, a arrecadação de tributos como o ICMS tende a aumentar". O ministro rebateu as recentes críticas dos governadores, afirmando que eles podem ter feito uma avaliação preliminar do PAC "com alguma precipitação". Ele disse que se trata de um programa complexo e que, portanto, exige uma análise mais cuidadosa. Insatisfeitos Os governadores descontentes com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira, preparam uma força-tarefa para interferir na escolha das obras e dos investimentos previstos pelo governo federal. A principal reclamação dos representantes estaduais é em relação às medidas de desoneração fiscal incluídas no programa que, segundo eles, resultarão em uma perda de cerca de R$ 627 milhões para os Estados. Na próxima segunda-feira, em Brasília, eles devem se reunir para elaborar um documento que será levado ao presidente Lula na reunião marcada para o dia 6 de março. O texto deverá conter as reivindicações das cinco regiões do País, sugestões de modificações no PAC e apontamentos sobre as reformas tributária e política.

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