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Ovídio de Angelis nega boatos de demissão

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Desenvolvimento Urbano, Ovídio de Angelis, reagiu com irritação às especulações de que será demitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e substituído pelo assessor especial da presidência da República, Moreira Franco. Ovídio garantiu que o presidente não pediu o cargo, e qualificou como ?uma agressão? a avaliação feita por Moreira Franco, de que o PMDB era um "bando" e que estava fazendo "fisiologismo escrachado" ao propor a entrega dos cargos. "Ele não pode tentar construir o caminho do entendimento no partido agredindo os companheiros", disse Ovídio. "Me senti desconsiderado, mas o Moreira não fala pelo partido", completou. Na avaliação do secretário, as declarações de Moreira Franco não foram um recado de Fernando Henrique ao PMDB. Ovídio afirmou, ainda, que não ficou constrangido com o discurso do presidente, que cobrou lealdade dos partidos que apóiam o governo. Ovídio é ligado ao grupo peemedebista que vem fazendo oposição ao Palácio do Planalto e, por isso, espera-se que seja demitido pelo presidente. Recém empossado no Ministério da Integração Nacional, o ministro Ramez Tebet também assegurou que não ficou constrangido com o discurso do presidente da República. E lembrou que a maioria do partido, apesar da divisão interna, é hoje favorável ao apoio ao governo Fernando Henrique. "O PMDB nunca faltou com o apoio ao governo", argumentou. "Para deixar o governo é preciso que haja uma decisão majoritária do partido e enquanto não houver uma decisão o PMDB fica no governo", disse Tebet. Para o ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, o presidente Fernando Henrique foi claro ao cobrar o apoio de todos os partidos aliados a seu governo, e não apenas ao PMDB. "O presidente não mandou um recado apenas para o PMDB, mas para todos os integrantes que apóiam o governo", afirmou Pimenta. "O que se quer é lealdade de todos os partidos: do PSDB, do PFL do PTB, do PPB, do PMDB", observou.

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