Outros impostos podem subir

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Por Fabio Graner
Atualização:

O anúncio de aumento do IOF e da CSLL não necessariamente significa que o governo fechou o "saco de maldades" para compensar o fim da CPMF, disse ontem uma fonte do Ministério da Fazenda. A idéia é que o governo não pode, segundo uma fonte da área econômica, ficar "refém" da falta da CPMF e deixar de realizar projetos prioritários. Assim, se julgar que a arrecadação está aquém do desejável, poderia aumentar tributos. Os favoritos são os de natureza regulatória, que podem ser elevados a qualquer momento por decreto presidencial, como IOF, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação (II) e Imposto de Exportação (IE). O IOF, por exemplo, pode subir mais. Uma fonte da Receita Federal lembra que no início do Plano Real ele chegou a ter alíquota de 18%. Mas esse porcentual está longe dos estudos da Fazenda. O IOF arrecada bem (R$ 7 bilhões de janeiro a novembro), se comparado com o IPI de bebidas, que recolheu R$ 2,5 bilhões. Outro bom arrecadador é o Imposto de Importação, que gerou R$ 11,2 bilhões. O problema é que tem repercussão direta na inflação. No fim da tarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou, por meio de sua assessoria, que "desautoriza qualquer especulação sobre novas medidas" de aumento de impostos. "Se a arrecadação não chegar no limite desejado, a solução será fazer novos cortes", disse ele.

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