Osmar Dias deve anunciar nesta quinta candidatura ao governo do Paraná

Como por mais de uma vez Osmar Dias disse que seria candidato e recuou depois, os articulados admitem estar receosos de anunciar o acordo

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Por Redação
Atualização:

Lideranças do PT e do PMDB já dão como certa a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Paraná. A novela, porém, já se arrasta há meses, com idas e vindas do senador, que ora negocia com os partidos da base para concorrer ao governo, ora articula com o PSDB o apoio para ser candidato ao Senado. Como por mais de uma vez Osmar Dias disse que seria candidato e recuou depois, os articulados admitem estar receosos de anunciar o acordo. Ficou acertado, então, que Osmar Dias é quem confirmará a decisão que tomou, nesta quinta-feira, 24, em Curitiba. O senador passou o dia em Brasília negociando seu destino político com aliados.

 

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"Ele saiu daqui candidato, vamos torcer para que chegue lá ainda candidato", confirmou um peemedebista, em tom de brincadeira. "A última informação que tivemos é de que ele aceitou ser candidato ao governo e deve declarar amanhã", confirmou um aliado do PT.

 

Osmar Dias estava receoso de fechar aliança com os partidos da base porque temia que, ao longo da disputa, o PT o abandonasse. Para evitar isso, ele estabelecia que Gleisi Hoffman, mulher do ministro Paulo Bernardo, fosse a candidata a vice-governadora ao lado dele. Gleisi, no entanto, não aceitou a proposta, exigindo ser candidata ao Senado.

 

Negociações com o adversário

 

Na semana passada, Osmar Dias começou a se reaproximar do PSDB. Reclamou para aliados que José Serra, candidato a presidente pelo PSDB, havia telefonado para ele oito vezes em 15 dias, enquanto há dois meses não era procurado pela candidata do PT, Dilma Rousseff. Quando a petista enfim lhe telefonou, errou o nome dele, chamando-o de "Omar", em vez de Osmar.

 

Na sexta-feira (18), consultou o PDT sobre a possibilidade de fechar aliança com o PSDB e ser candidato ao Senado na chapa encabeçada por Beto Richa, candidato ao governo. "Esperei demais. E se eu ainda demorar mais, ficarei sem aliança até para concorrer ao Senado", disse, na ocasião.

 

Ofensiva governista

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Esta semana, PT e PMDB deram início a uma ofensiva para reverter a aproximação do senador com os adversários. Gleisi Hoffman e o governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), desembarcaram em Brasília para se reunir com o senador. Pessuti aceitou desistir do projeto de reeleição para apoiá-lo. Mas o senador continuou insistindo na chapa com Gleisi na vice.

 

Coube ao presidente do PDT, Carlos Lupi, dar o ultimato. Segundo articuladores, Lupi disse ao senador que o partido não permitiria a coligação dele com o PSDB. Se fizesse aliança informal com os tucanos, não teria ainda assim permissão para subir no palanque de José Serra. Seria, assim, um constrangimento figurar ao lado do PSDB e do DEM sendo voz dissonante apoiando Dilma Rousseff.