As principais entidades que se organizaram para pedir a abertura de processo contra o presidente Michel Temer fizeram protestos em São Paulo e nas principais capitais brasileiras considerados esvaziados até mesmo por seus líderes.
“Fizemos atos nas principais capitais, mas eles foram pequenas. O ideal é que houvesse mais gente, mas ao menos conseguimos marcar a luta nesse dia”, disse Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, coletivo que organiza os principais protestos pelo abertura de ação penal contra Temer no Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a tarde e a noite, cerca de cem pessoas se reuniram na Avenida Paulista, na frente do escritório da Presidência da República, para acompanhar a votação em duas TVs instaladas no local. “Ainda esperamos que outras denúncias possam terminar em afastamento”, afirmou Bonfim. Ele informou ainda que a Frente Brasil Popular vai organizar um calendário de manifestações para este mês.
O advogado Éverton Sodario, simpatizante do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), gritou palavras de ordem a favor de Temer e do parlamentar e causou um princípio de tumulto. Houve um breve empurra-empurra e um policial militar chegou a usar spray de pimenta para dispersar. O advogado acabou sendo retirado pela polícia.
Pela manhã, a Frente Povo Sem Medo fechou as principais rodovias de São Paulo (Via Anchieta, Via Dutra, Regis Bittencourt) e a Avenida M’Boi Mirim, queimando pneus. Em Fortaleza, cerca de 60 manifestantes, segundo a Polícia Militar, impediram o acesso a um trecho do 4.º Anel Viário, na Rodovia BR-222.